Veja agora a entrevista completa com a Filomena Loff Barreto, cuidadora.
As entrevistas foram feitas pela embaixadora do projeto, Luísa Castel-Branco e por um membro da equipa Nave16.
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Há quanto tempo frequenta o Café Memória?
Há mais de cinco anos que frequento o Café Memória, assistindo a praticamente todas as sessões.
Como teve conhecimento desta iniciativa?
Foi-me dado a conhecer através do Projeto Cuidar Melhor (Oeiras).
O que acontece numa sessão do Café Memória?
São duas horas sempre diferentes. Quando chegamos há já um ambiente de boa disposição e integramo-nos nas conversas como acontece em qualquer tertúlia de café. Depois há a apresentação de todos os participantes com dinâmicas variadas e que proporcionam momentos de bem-estar. Segue-se uma pausa para café, mais um momento de partilha e de convívio. A seguir ao café pode haver: uma conferência (com convidados de áreas diferenciadas) geralmente seguida de debate; dinâmicas lúdicas; exemplificação de diferentes actividades susceptíveis de serem desenvolvidas junto das pessoas com demência…
O que pode dizer sobre os técnicos e voluntários que estão presentes nas sessões?
Começam por nos receber com sorrisos de autenticidade; são pessoas com características especiais que se dedicam a uma causa social e humana. Facilitam a comunicação entre todos e mantêm um ritmo entusiasta durante as sessões.
Como é a sua participação nos Cafés? Ouve e participa, ouve apenas...
Ouço/escuto atentamente; converso com os outros participantes e voluntários. Empenho-me nas actividades propostas.
Como se sente no fim de cada sessão?
Mais enriquecida e mais certa de que a partilha é uma mais valia; ainda com mais vontade de não faltar à sessão seguinte.
O que mudou na sua vida desde que frequenta o Café Memória?
O terceiro sábado de cada mês passou a estar reservado na minha agenda para ir ao Café Memória.
De quem cuida ou cuidou? Quais são/foram as maiores dificuldades que teve/tem tido e como é que o Café Memória ajuda/ajudou a resolver?
Cuidei dos meus pais. A maior dificuldade que senti foi a aceitação da doença porque ver “sofrer” quem amamos desestabiliza, confronta-nos com as nossas fragilidades, mas também nos mostra que o “Amor move montanhas”. No Café Memória tomamos consciência que existem realidades duras e formas diferentes de encarar momentos que tocam as nossas vidas e as dos outros.
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