Leia agora a entrevista completa com Joana M. Gonçalinho, da APITIL e Andreia Liliana Fonseca, do município de Lamego, mais uma região alcançada com o Café Memória Faz-se à estrada.
____________________
_______________
Como teve conhecimento do Café Memória Faz-se à Estrada?
Em 2017, estabeleci um contacto com a Delegação da Alzheimer Portugal de Viseu, no intuito de ter mais informações sobre a iniciativa “Passeio da Memória”, com o objetivo de propor o seu desenvolvimento no Município de Lamego, foi nesse contacto que tive conhecimento do Projeto “Café Memória” que, desde logo, muito me cativou pela sua missão de informar, sensibilizar e apoiar p0essoas de Demência e quem Cuida, formal e informalmente.
Porque quis ter esta iniciativa no seu Município?
Após ter tido conhecimento do Projeto “Café Memória”, ter recebido informação detalhada e um grande apoio da Dra. Regina Afonso, assisti, a seu convite, a uma Sessão do Café Memória – Viseu. Foi uma experiência muito enriquecedora, a vários níveis.. Considerei, desde logo, que seria uma mais valia para o Município de Lamego poder contar com um Espaço/Local de Encontro e Partilha de Experiências, Reflexão, Conhecimentos. Acima de tudo, a ambiência empática e apoiante, reforçou, em minha opinião, o impacto positivo que esta Iniciativa poderia ter junto de todos os Lamecenses que, diariamente, lidam com os Desafios da de Viver/Conviver com uma Demência. A proposta da APITIL foi enviada para a Rede Social e, foi no decorrer da mesma, que a Dra. Andreia Fonseca teve conhecimento e se envolveu, após aprovação da proposta em Plano de Desenvolvimento Social, na organização da iniciativa em conjunto comigo.
Como foi a recetividade por parte da comunidade?
A Comunidade revelou muito interesse na iniciativa, facto que se comprovou quer pelo número de contactos e inscrições, durante o período de divulgação, quer pelo número de pessoas que compareceram, mesmo sem terem efetuado a inscrição obrigatória. Apesar de termos procurado salvaguardar o número máximo de participantes, entre os 35/40, acabaram por comparecer e participar aproximadamente 50 pessoas: Familiares de Pessoas com Demência, Técnicos e Colaboradores de outras Instituições com respostas sociais na Área Sénior.
O que se destacou nesta iniciativa relativamente à área das demências?
Foi possível perceber que, existem, ainda, diversas dúvidas relativamente aos seguintes tópicos: O que é um Quadro Demencial? Quais os Tipos de Demência Existentes e Principais Diferenças? O que é a Doença de Alzheimer? Quais são os principais Sintomas Manifestados, a Nível Cognitivo, Comportamental, Psicológico, Pessoal/Social? Quais os Tratamentos e Terapias existentes? Estratégias de Intervenção e Práticas para lidar com os Desafios/Situações de Crise.
Qual a importância deste tipo de iniciativas para o v/ município?
Torna-se especialmente pertinente, no sentido em que vem responder às necessidades dos munícipios que lidam com os Desafios de Viver/Conviver com uma Demência, seja num contexto profissional/laboral e/ou familiar e social. Ser Cuidador é uma Tarefa que implica um perfil muito especial e, muitas vezes, este desafio surge sem que a Pessoa esteja preparada para o assumir, tendo que desenvolver competências, adquirir conhecimentos, lidar com aspetos disfuncionais da sua manifestação, sendo crucial que possa ser apoiado e informado.
Joana M. Gonçalinho – Psicóloga Clínica e da Saúde – Diretora Técnica – APITIL – Lamego
Andreia Liliana Fonseca – Assistente Social e Socióloga – Técnica da Ação Social do Município de Lamego
Follow us