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É com muito orgulho que apresentamos o terceiro episódio do 2º Capítulo do projeto de Storytelling do Café Memória pela Nave16. São mais duas das doze entrevistas com alguns dos técnicos e voluntários do Café Memória.

As entrevistas foram feitas pela embaixadora do projeto, Luísa Castel-Branco e por um membro da equipa Nave16.

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1ª entrevista

Gonçalo Fernandes – CM da Madeira

1ª entrevista

Gonçalo Fernandes – CM da Madeira

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Há quanto tempo trabalha ou está envolvido com o Café Memória?

Estou no projeto Café Memória da Madeira há dois ano e meio.

Por que decidiu associar-se a este projeto?

Decidi associar-me a este projeto por ser técnico da Delegação da Madeira da Alzheimer Portugal, mas, também, porque acredito que este projeto possa ser uma mais valia para a vida das pessoas com demência, para os cuidadores e para a sociedade de uma forma em geral, pois com este projeto, podemos desmistificar certas ideias que existem das pessoas com demência.

Qual a missão do Café Memória?

Esta é precisamente uma das missões do Café Memória: Desconstruir preconceitos, estereótipos. Outra missão é que a pessoa com demência possa sair de casa e sentir-se bem, o mesmo aplica-se aos cuidadores. O Café pode fazer diferença no dia a dia da pessoa com demência e os seus cuidadores.

Como se desenrola cada sessão?

Nós recebemos as pessoas e encaminhamos para as mesas onde está um voluntário, que irá proceder ao acolhimento e irá tentar conhecer melhor aquela pessoa e o que espera encontrar no Café Memória.  Depois, fazemos uma apresentação de todos os participantes com uma dinâmica de grupo. Segue-se o momento de pausa para Café, em que há oportunidade para os participantes conversarem. Mais tarde, temos um convidado para abordar um determinado tema do interesse das pessoas ou uma atividade lúdica, que também desperta muito interesse nos participantes. No fim, despedimo-nos das pessoas, informando-as sobre a data e o tema do próximo Café Memória.

Qual o seu papel / que funções desempenha?

Relativamente ao papel que desempenho, sou técnico. O meu papel passa por organizar a equipa nas arrumações da sala, na atribuição de papéis e na motivação de cada um dos voluntários. Logo no início de cada sessão faço o acolhimento dos participantes e encaminho-os para as mesas. Participo como líder na dinâmica de grupo para a apresentação das pessoas, dinamizando os restantes momentos da sessão do Café Memória. No final, garanto que todos os participantes sejam cumprimentados à saída. Por fim, faço a avaliação com os voluntários e recolho o feedback dos mesmos.

O que é mais desafiante no seu trabalho enquanto técnico? O que sente no fim de cada sessão?

Para mim, o mais desafiante é gerir a equipa de voluntários. Neste momento temos um grupo com número suficiente de voluntários. Houve momentos em que tivemos poucos voluntários e foi necessário fazer alguma gestão da motivação dos poucos voluntários que tínhamos disponíveis. Hoje em dia, tentamos manter os voluntários que temos, sendo importante algumas estratégias de motivação. O que sinto no fim de cada sessão é o sentimento de missão cumprida e a sensação que conseguimos que pudemos ser úteis durante aquele tempo.

Que episódio viveu que mais o marcou?

O caso que mais me marcou, foi o caso de uma senhora com demência que disse que gostou imenso de participar, uma vez que nunca tinha oportunidade de sair de casa e nesse dia teve a possibilidade de conversar com outras pessoas e cantar.

Que balanço faz do seu envolvimento neste projeto?

O meu balanço é positivo, por acreditar que com este projeto posso fazer diferença na vida de alguém, e que podemos em conjunto trazer bem-estar aos participantes.

2ª entrevista

Lucília Nóbrega - CM da Madeira

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Há quanto tempo trabalha ou está envolvida com o Café Memória?

Comecei há dois anos e oito meses no projeto Café Memória da Madeira.

Por que decidiu associar-se a este projeto?

Associei-me a este projeto por ser técnica da Delegação da Madeira da Alzheimer Portugal.

Qual a missão do Café Memória ?

A missão principal do Café Memória na minha opinião tem sido combater o isolamento de pessoas com demência, com dificuldades de memória e dos seus familiares. Além disso, a missão é sensibilizar a comunidade para diversos aspectos relacionados com as demências e contribuir para a qualidade de vida das pessoas com demência, com dificuldades de memória e dos seus familiares.

Como se desenrola cada sessão?

Antes do início de cada sessão, reunimos antes de entrar no Café. Falamos sobre a sessão e sobre o papel que cada um gostaria de ter na sessão. Depois de arrumado o Restaurante, os voluntários ficam nas mesas a aguardar a chegada dos participantes e os membros da equipa vão para a porta recebê-los. Com a chegada dos participantes, conforme já são repetentes ou não, são distribuídos nas mesas, onde são feitas as apresentações e o acolhimento. É realizada a dinâmica de apresentação e depois cada mesa preenchem o menu para o momento do café, propriamente dito. Após todos estarem servidos, iniciamos a apresentação do convidado ou tema principal. Tentamos perceber se todos os participantes têm as melhores condições para poderem assistir e participar em cada sessão. Com o aproximar do fim da sessão, todos preenchem o questionário de satisfação e reunimos para tirar a fotografias de grupo junto do  roll-up do Café Memória e do logo do restaurante. Antes da fotografia, anunciamos a próxima sessão e após a fotografia damos uma salva de palma a todos os que participaram. Feitas as despedidas, arrumamos o material, com a ajuda do Sr. Carlos do Restaurante, e reunimos fora do restaurante para avaliar a sessão e conversas sobre diversos aspectos que correram bem ou mal. Na segunda-feira seguinte, todos os voluntários recebem uma mensagem de agradecimento

Qual o seu papel / que funções desempenha?

Na maior parte das sessões sou técnica, membro da equipa, ou seja, em que dou apoio na montagem do espaço, na organização da equipa, faço o acolhimento dos participantes, dou apoio nas atividades, entre outros aspectos. Noutras sessões, participo como voluntário, numa mesa, acolhendo-as e dinamizando a mesa, além de outro apoio que seja necessário.

O que é mais desafiante no seu trabalho enquanto técnica? O que sente no fim de cada sessão?

Enquanto técnica o mais desafiante é conseguir organizar a equipa de voluntários, que com o tempo torna-se um pouco mais intuitivo, e conseguir estar atenta a diversos aspectos nas sessões, isto é desempenhar o acolhimento, o apoio nas atividades, conseguir conhecer e conversar com os participantes e estar atenta às suas necessidades, estar com atenção aos registos e a algumas dificuldades que os voluntários tenham. Enquanto voluntária, por vezes é conseguir distribuir o mesmo nível de atenção por todos os participantes da mesa.

Que episódio viveu que mais a marcou?

São diversos os episódios que marcam, mas talvez o facto de uma participante com dificuldades de memória, numa idade jovem, chegar ao café e procurar por mim e chamar pelo meu nome e estar cada vez mais familiarizada com toda a equipa, que muitas pessoas sem problemas de memória enganam-se a dizer, pode ser considerado dos momentos que mais me marcam.

Que balanço faz do seu envolvimento neste projeto?

O balanço é positivo. Como voluntária e técnica acho que tive de crescer a nível da minha organização e penso que posso ter ajudado a melhorar alguns aspectos do Café Memória. O café veio trazer um conceito novo e positivo à vida de muitos participantes e voluntários, que acabam por fazer desta causa uma causa deles. Cada vez mais é conhecido por bons motivos.

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